Em novembro, o foguete brasileiro VS-30 será lançado da Base de Alcântara, no Maranhão, com oito experimentos a bordo. Estarão embarcadas pesquisas de instituições do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. A Universidade Norte do Paraná (Unopar) estará enviando equipamento para medir aceleração em microgravidade. O experimento é um precursor do modelo que poderá seguir para a Estação Espacial Internacional (ISS), da qual o Brasil é país membro.
O foguete, de nove metros, ficará de três a cinco minutos em microgravidade, caindo em seguida no mar, de onde o módulo com as pesquisas será resgatado por homens-rã. Em microgravidade, as experiências são mais "limpas", ou seja, sofrem menos interferência da gravidade. O módulo de pesquisas está sendo montado na Alemanha, em colaboração com o DLR, o centro aeroespacial alemão. No Brasil, o VS-30 foi construído pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IEA), do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), ligado ao Ministério da Aeronáutica. Trata-se de um veículo de sondagem capaz de decolar com cerca de 300 quilos em experimentos.
A UFSC enviará duas experiências no VS-30. Uma se propõe a analisar o processo de ebulição em ambiente de microgravidade e a outra testará controle térmico de componentes eletrônicos de satélites. O experimento do Inpe é um forno para solidificação, destinado ao estudo de amostras inorgânicas em ambiente espacial. Nesse forno estará a pesquisa da UFPE.
A USP investigará a reação química inorgânica em gel. A do Centro Universitário Unifei, de São Bernardo do Campo, é um dispositivo de misturas de líquidos para uso em experimentos no espaço.
