O Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) tem uma previsão de recursos no orçamento de 2003 de R$ 140 milhões, cerca de 22% maior que neste ano, quando foi duramente afetado pelo contingenciamento de verbas do governo federal.
Dos R$ 115 milhões programados inicialmente, apenas R$ 50 milhões foram liberados. Projetos com o da Estação Espacial Internacional (ISS), do qual o Brasil participa junto com mais 16 países, ficaram praticamente paralisados durante este ano. A Agência Espacial Brasileira (AEB) quer dar prioridade em 2003 ao programa de cooperação com a China na área de satélites de sensoriamento remoto. Um novo acordo bilateral deverá ser assinado até final de novembro e trata da construção de mais dois satélites: CBERS 3 e 4.
O segundo satélite do programa deve ser lançado no primeiro semestre de 2003. Avaliado em US$ 200 milhões, o novo acordo prevê uma cooperação mais efetiva na área de sistemas de recepção do satélite em solo. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já opera uma estação de recepção em Cuiabá (MT) e uma de processamento em Cachoeira Paulista (SP). Mas para os satélites 3 e 4 haverá a necessidade de novas estações. Com tais projetos o Brasil terá uma participação maior no desenvolvimento dos satélites (50%).
Além dos subsistemas que já foram feitos para o CBERS 1 e 2 (computador de bordo, estrutura e suprimento de energia), o Brasil quer participar do desenvolvimento de câmeras de imageamento mais sofisticadas, que seriam feitas pela indústria nacional. No acordo com os chineses também ficou estabelecido que o lançamento do CBERS 4 ficaria sob a responsabilidade do Brasil.