Um levantamento do Instituto Florestal de São Paulo mostrou um aumento de 2% na área de vegetação natural, na última década, no Estado. Realizado com base em imagens de satélite e fotos aéreas, o projeto do Instituto Florestal faz parte do Programa Biota-Fapesp, que pretende mapear toda a biodiversidade do Estado, e conseguiu detectar fragmentos superiores a 3 ou 4 ha, dependendo do relevo. Houve uma mudança de tendência, já que em todos os levantamentos anteriores a cobertura vegetal vinha diminuindo.

Segundo a Coordenação de Geoprocessamento do Projeto de Preservação da Mata Atlântica (PPMA), responsável pelo levantamento, essa diferença pode ser creditada à regeneração natural da mata, sobretudo no Litoral, mas também ao aperfeiçoamento tecnológico do mapeamento. Um dos resultados práticos desse levantamento, cuja base digital levou 7 anos para ser construída, é que, a partir de agora, as avaliações poderão ser mais rápidas e em períodos de tempo menor.

O trabalho serviu de base também para o levantamento de 100 fragmentos do Estado, que estão sendo verificados em campo para avaliar a viabilidade de se tornarem unidades de conservação. Esse diagnóstico deverá ser usado também como mecanismo de compensação ambiental de grandes projetos, indicando onde comprar áreas para serem incorporadas às áreas de preservação.

O Instituto Florestal deverá lançar, até o fim do mês, um CD com os dados completos do levantamento, com as imagens digitais e a possibilidade de zoom. O mapeamento pode ser acessado também no site www.sinbiota.org.br.