A Geoambiente, de São José dos Campos (SP), está utilizando imagens do Radarsat-1 para produzir cartas topográficas da Amazônia. A empresa fez o mapeamento cartográfico de uma área piloto de 1.940 quilômetros quadrados, na Floresta Nacional de Tapajós, no Pará, e já trabalha no processamento de dados de uma segunda área, na parte central da Serra de Carajás, também no Pará.
Os radares imageadores, como o Radarsat-1, fornecem informações detalhadas da topografia mesmo em condições climáticas adversas. A utilização de tecnologia orbital com radares imageadores em grandes áreas como a Amazônia é vantajosa justamente porque o sistema consegue enxergar nestas condições e também à noite. E na Amazônia o imageamento feito hoje por sensores que operam no espectro óptico (comprimentos de onda correspondentes a faixa do visível e infra-vermelho), instalados em satélites e aviões, é normalmente afetado pela cobertura intensa de nuvens, brumas e fumaças das queimadas.
Com este projeto, a Geoambiente conseguiu montar um laboratório de radar de abertura sintética, o LabSar, ambiente com infra-estrutura dedicada para pesquisa e desenvolvimento no uso de radar imageador. O investimento feito pela empresa em capacitação tecnológica dentro do projeto foi da ordem de R$ 230 mil, valor financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) no âmbito do Programa de Inovação Tecnológica em Empresas (PIPE).