A área florestal do Rio Grande do Sul passou de 5,62%, em 1993, para 17,53% , sendo 9,52% no domínio da Mata Atlântica. É o que mostra o mapeamento feito a partir de imagens de satélite, que custou R$ 1,44 milhão e foi checado em campo em 900 pontos, envolvendo uma equipe de 154 pessoas. O Inventário Florestal Estadual foi realizado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), em conjunto com a Universidade Federal de Santa Maria, em 2001.

Com 132.070 quilômetros quadrados de seu território originalmente cobertos pela Mata Atlântica, o Rio Grande chegou a ter apenas 5.065 Km2 – 3,83% do que havia – em 1995, segundo levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica. Desde então, uma forte tendência de regeneração tem sido detectada. Essa regeneração acontece em áreas agrícolas abandonadas, sobretudo áreas íngremes, onde o rendimento é menor e não é possível mecanizar.

Como a maior parte fica em pequenas propriedades e foram abandonadas em períodos diferentes, há matas em vários estágios de regeneração, mas sobretudo em estágio secundário (capoeirão, com árvores de 8 a 9 metros, ainda com troncos finos. Uma das preocupações no Estado tem sido a pressão dos proprietários sobre os remanescentes florestais devido à falta de áreas para cultivo agrícola.

A Sema diz que esse problema é constatado em algumas regiões, como na Serra Gaúcha, onde a atual rentabilidade do setor vinícola faz os agricultores reivindicarem aumento de áreas de plantio sobre as matas em regeneração.