Hoje (27/11), em Brasília, um protocolo complementar ao acordo de cooperação espacial Brasil-China será assinado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, e por um representante do governo chinês. Por este documento, os dois países se comprometem a construir juntos mais dois satélites de observação dos recursos naturais da Terra (CBERS-3 e CBERS-4).
Os dois primeiros CBERS (Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Naturais da Terra) foram construídos num esquema de participação em que o Brasil entrou com 30% e a China, 70%. O CBERS-1 está em órbita desde 1999 e o CBERS-2, que deveria ter subido ao espaço no segundo semestre de 2002, teve seu lançamento adiado por razões técnicas para meados do próximo ano.
Os dois novos satélites vão atender um amplo conjunto de aplicações do sensoriamento remoto em áreas como monitoramento florestal, impactos ambientais, avaliação de produção agrícola, gerenciamento de desastres naturais, monitoramento de oceanos e águas interiores, avaliação do crescimento urbano e cartografia topográfica e temática. Pelo novo acordo, os dois próximos CBERS obedecerão a uma nova divisão, com participação igual de ambas as partes.
O programa de cooperação espacial Brasil-China é considerado o mais importante entre países em desenvolvimento.