Todas as favelas e áreas ocupadas irregularmente em São Paulo serão mapeadas, catalogadas e incluídas numa base de dados informatizada que já está sendo preparada pela Secretaria Municipal de Habitação e deve ficar pronta até abril.
O cadastro da cidade será levado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para incluir a cidade no projeto do governo federal que concederá escrituras a donos dos barracos das favelas de todo o país. Também serão apresentadas a Lula experiências paulistanas de urbanização de favelas. A idéia é que o mapeamento de favelas, sua regularização e urbanização andem juntas. De acordo com levantamento do IBGE, em São Paulo cerca de 1,3 milhão de pessoas vivem em 1,9 mil favelas. Além de São Paulo, a cidade do Rio de Janeiro já prepara seu cadastro, que até agora identificou 54 favelas e oito loteamentos irregulares em pior situação na capital. Estas serão as primeiras cidades que devem receber as verbas dos Ministérios das Cidades e da Justiça, responsáveis pelo projeto.
O programa vai contar com R$ 300 milhões a serem remanejados do Orçamento da União, segundo a secretária-executiva do Ministério das Cidades, a arquiteta Ermínia Maricato. O Plano Diretor de São Paulo lista 650 zonas especiais de interesse social (áreas ocupadas que serão regularizadas).
As informações são do Jornal da Tarde de 13 de janeiro.