Marcelo Cássio Necho, diretor-geral da empresa Graber Mobisat, apresentará o painel "Big Brother do trânsito – Desafios tecnológicos, resultados e o que ainda está por vir" durante o GEOBrasil 2003 – 4º Congresso e Feira Internacionais de Geoinformação, que acontece de 21 a 23 de maio de 2003, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. "Nos Estados Unidos, Europa e na Ásia o monitoramento de veículos por satélite já é uma realidade", afirma Marcelo Necho, que fez uma pesquisa de campo visitando vários países que já se utilizam desta tecnologia antes de trazê-la para o país.

"Detectamos que as necessidades são regionalizadas. No Brasil, as empresas usam o monitoramento de veículos preocupadas com o roubo de carga, estão interessadas na segurança material – a segurança pessoal ainda está em segundo plano. Na Ásia, o foco dos usuários é a prevenção de acidentes e a organização social, com sensores nas estradas e pedágios eletrônicos.

Nos Estados Unidos, existe culturalmente uma disciplina de redução de custos – os profissionais usam essa tecnologia para otimizar a logística do transporte", explica o diretor. O resultado da imaturidade do mercado brasileiro de telecomunicações reflete diretamente nos serviços disponibilizados. Se nos Estados Unidos as empresas que vendem esta tecnologia recebem, por mês, 15 mil solicitações de assistência em rodovias, num país que tem cerca de 500 carros roubados a cada três horas, apenas o mercado corporativo já pode se utilizar destes benefícios. O consumidor final ainda não tem acesso a eles, seja pelo custo, que ainda é alto, seja pela falta de redes que possibilitam emissão e recebimento de sinais.

"Estas tecnologias, na verdade, ainda não estão maduras em nenhum lugar do mundo, mas o potencial é enorme. Já temos no Brasil cerca de 50 mil usuários", afirma Marcelo Necho. Este e outros temas relacionados à área de segurança serão debatidos por grandes especialistas do setor durante o GEOBrasil 2003.

+Informações  http://www.geobr.com.br/.