Especialistas da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vão fazer, a pedido da Petrobras, avaliação ambiental na base de operações da empresa, no município amazonense de Coari.

A empresa está interessada não só em recuperar danos causados pela própria presença da atividade de exploração petroleira, mas também quer saber como agir preventivamente. Embora a Amazônia seja uma região de baixa declividade, registram-se processos erosivos na base de Coari, principalmente por causa da construção de estradas que interligam os poços e das faixas de implantação de dutos.

O objetivo do projeto, que deverá ter duração de dois anos, é fazer o mapeamento das áreas atingidas pelo fenômeno, com uso de Sistema de Posicionamento Global, o GPS. Além de erosão, os pesquisadores vão procurar áreas com movimento de massa, ou seja, pequenos deslizamentos e também identificar pontos do rio Urucu já acometidos pelo assoreamento. A Petrobras usa o rio Urucu para transporte de maquinário pesado, o que só é possível em seis meses do ano, quando a maré está alta. Na estiagem, a profundidade do rio tem atingido até 80 centímetros.

O grupo da UFAM e UFRJ vai, inicialmente, realizar um diagnóstico das áreas atingidas, além de determinar propriedades químicas e físicas dos solos. Eles farão também um estudo nos igarapés que contribuem para a vazão do Urucu, porque alguns deles já sofrem do processo de carreamento de sedimentos, em função da erosão, e conseqüentemente redução no volume d´água.