O primeiro satélite do sistema de navegação e posicionamento Galileu, concorrente europeu do americano GPS, será lançado em setembro de 2005 e estará operando no primeiro semestre de 2006, conforme divulgou a ESA (agência espacial européia). Na segunda-feira (26/5), a agência anunciou que o programa será ativado até 2008.

A primeira fase do projeto, que prevê a construção de quatro satélites, está orçada em 547 milhões de euros. O valor foi alcançado após Espanha e Bélgica aumentarem suas cotas de participação. O sistema será baseado em 30 satélites, que ocuparão três órbitas circulares até 2008.

A Galileo será um sistema civil usado como complemento do norte-americano, controlado pelos militares. O projeto sofreu atrasos por causa do ceticismo de Reino Unido, Alemanha e Holanda, que o consideravam desnecessário com o GPS ativo, e por diferenças entre os membros da ESA. Agora, os países europeus concordaram em ativar, até 2008, o programa Galileu, sistema global de navegação por satélite e rival direto do GPS. Noruega, Suíça e os 15 Estados-membros da União Européia, com exceção de Grécia e Luxemburgo, concordaram com as condições propostas pela agência.

"Hoje é um grande dia para a Europa e para a comunidade espacial em particular", afirmou o diretor-geral da ESA, Antonio Rodota, para a agência de notícias Reuters. Segundo Rodota, o Galileu será um sistema civil usado como complemento do norte-americano, controlado pelos militares. Além do GPS, há outro sistema em operação: o Glonass, das Forças Armadas da Rússia.