A Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Centro Técnico Aeroespacial (CTA) informam que o terceiro teste em vôo do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1) deve acontecer em agosto deste ano, do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão.
Todos os sistemas do lançador estão sendo revistos e o plano de segurança de vôo e várias simulações de trajetória novamente testados para reduzir ao máximo as possibilidades de falha, segundo informações do diretor do CTA, brigadeiro Tiago da Silva Ribeiro. O VLS é capaz de lançar um satélite de até 300 quilos em órbitas de até 1.000km de altitude. Neste terceiro teste, o VLS irá levar dois satélites desenvolvidos inteiramente aqui no Brasil. Um deles é o Satélite Tecnológico (Satec), produzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e o outro, o Unosat, o primeiro nanossatélite brasileiro, desenvolvido pela Universidade Norte do Paraná (Unopar), com o apoio da AEB, entre outras instituições.
O Satec foi planejado para testar os equipamentos tecnológicos embarcados no VLS, fornecendo maiores informações para futuras aplicações. Estimado para ter uma vida útil de seis meses, ele possui massa de 65 kg, mede 66 cm de largura e profundidade e 61 cm de altura. A órbita do satélite será circular com inclinação de 15 graus e altitude de 750 km, próxima da órbita dos SCDs 1 e 2, e levará a bordo quatro sistemas tecnológicos a serem testados. O primeiro teste em vôo do VLS-1 aconteceu em 1997 e o segundo, em 1999. O Brasil tem investido cerca de US$ 6,5 milhões na construção de cada veículo lançador, recursos orçamentários da AEB e do Comando da Aeronáutica.