Mapear os ecossistemas brasileiros para poder implantar as tecnologias contra vazamento de petróleo. Essa foi a principal conclusão da palestra, promovida no final de maio pelo Ibama em Brasília, com um dos maiores especialistas sobre o assunto, o geólogo e consultor americano Edward Owens.
Com experiência de mais de 30 anos, Owens foi o coordenador das ações de combate a incêndio nos poços de petróleo durante a Guerra do Golfo e consultor técnico no vazamento do navio Exxon Valdez, no Alasca, ocorrido recentemente e ainda considerado o maior desastre de todo o mundo. Ele apresentou o modelo gerencial que agiliza e torna mais eficientes as ações de combate a acidentes.
O ponto principal desse modelo é a integração entre as instituições locais, regionais e federais. "Com uma maior capacidade de articulação, evita-se o deslocamento desnecessário de equipamentos e de recursos humanos, evitando gastos e morte de pessoal da equipe", disse Owens. Os danos ao meio ambiente, é claro, também são minimizados. Edward Owens também apresentou as tecnologias disponíveis hoje, entre elas, os mais variados tipos de dispersantes de petróleo. No Brasil, apenas três dessas substâncias têm licença ambiental para serem usadas em todos os tipos de acidentes, sejam no mar, nos rios ou na terra.
Na Inglaterra, por exemplo, são usados mais de 20 dispersantes. Mas para que o uso dessa tecnologia avance no país é preciso fazer um mapeamento detalhado de toda a diversidade ambiental existente por aqui.