A Polícia Federal vai mapear as trilhas usadas por traficantes de drogas no Maciço da Tijuca e em outros morros do Rio de Janeiro que sofrem com o desmatamento. A promessa foi feita pelo delegado da equipe ambiental da Polícia Federal, Ricardo Bechara, segundo informou o deputado estadual Carlos Minc (PT), no jornal O Globo de ontem (9/6). Em um mês, será inaugurada no estado uma delegacia florestal da Polícia Federal que centralizará os inquéritos relativos a crimes ambientais.
"Assim, as ações de repressão a esse tipo de crime duplo serão direcionadas e permanentes", explicou Minc ao jornal, enfatizando que pediu ao delegado o mapeamento das trilhas. Um reflorestamento simbólico no Morro do Felizardo, que fica a 533 metros de altitude, na Floresta da Tijuca, marcou no domingo o fim da Semana Mundial de Meio Ambiente. Segundo Minc, a reportagem publicada no O Globo, no domingo retrasado, sobre o desmatamento no Maciço da Tijuca por traficantes de favelas da região, que abrem clarões na mata para fuga e treinamento, motivou o reflorestamento simbólico. Para Minc, o fato de o crime ambiental estar aliado às ações do tráfico de drogas torna o problema mais delicado.
Do alto do morro, na fronteira entre a mata e o perímetro urbano, é possível observar o avanço do desmatamento no entorno dos morros do Borel, do Andaraí, da favela Borda do Mato e da Nova Divinéia.
As informações são do O Globo de 9 de junho de 2003.