O ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, informou que o acordo negociado entre o Brasil e a Ucrânia na área espacial prevê o uso do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e a transferência de tecnologia. Com relação a Alcântara, o ministro Amaral disse que o CLA está praticamente na linha do Equador, o que se traduz em redução de combustível ou na possibilidade de levar mais carga a bordo para o espaço. "Além da Ucrânia, estamos em negociação com outros três países interessados em lançar seus satélites.
Os americanos poderão usar a base, desde que renegociem tudo", disse Amaral. Ainda segundo o ministro, este acordo irá gerar produtos novos. "Os ucranianos, junto com a Rússia e os Estados Unidos, são os únicos que dominam a tecnologia dos giroscópios, uma das peças mais importantes num foguete. Vamos unir esforços e criar um produto novo, com a marca Brasil/Ucrânia, o que não havia com os americanos", disse. Garantir a continuidade do desenvolvimento nos atuais centros de excelência e promover o desenvolvimento das regiões mais atrasadas é o grande desafio da atual administração do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
O ministro Roberto Amaral anunciou recursos para os próximos três anos na ordem de R$ 140 milhões e revelou que o apoio à pesquisa básica em todas as áreas de conhecimento é prioridade do governo Lula. A consolidação da base de Alcântara, o desenvolvimento de satélites, a fabricação de veículos lançadores e a manutenção de bases de lançamento vão completar o ciclo da tecnologia aeroespacial brasileira, segundo Amaral.