A Agência Espacial Brasileira (AEB) afirma que o projeto aeroespacial Brasil-Ucrânia é uma combinação de vantagens para os dois países.
"Nós temos, no Brasil, o Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, que é privilegiado do ponto de vista de localização geográfica e a Ucrânia tem lançadores de muito boa qualidade e muito confiáveis. Quando combinamos estas duas posições, este se torna um projeto importante, inclusive para manter um certo equilíbrio internacional no mercado de lançadores e centros de lançamento", diz Luiz Bevilacqua, presidente da AEB.
Bevilacqua calcula que serão necessários de US$ 40 milhões a US$ 80 milhões nos próximos três anos para a implantação do projeto, inclusive para adequar a infra-estrutura do Centro de Lançamento de Alcântara.
O Brasil prepara uma proposta de orçamento para os próximos quatro anos, que será encaminhada ao Congresso Nacional. O Ministério da Ciência e Tecnologia está incluindo um ponto específico para o Ciclone IV, o foguete ucraniano, pois acredita que o projeto será rentável para o Brasil. Sobre o lançamento do foguete brasileiro VLS I, que deverá ocorrer entre os meses de agosto e setembro deste ano, Luiz Bevilacqua explicou: "Infelizmente, tivemos dois insucessos.
Haverá, neste ano, mais um lançamento. Eu espero que seja feito com sucesso e esta cooperação com a Ucrânia certamente nos trará bastante experiência para o desenvolvimento dos nossos próprios lançadores no futuro".