Há seis meses a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) do Paraná está trabalhando no zoneamento ecológico-econômico (ZEE), que vai indicar quais atividades produtivas poderão ser desenvolvidas em cada região do estado sem que haja riscos ambientais e quais devem ser restringidas devido à fragilidade da natureza. O estudo, que estará pronto até o final de 2004, servirá ainda para orientar as áreas mais aptas para o crescimento das cidades.

O ZEE também vai trazer um mapeamento dos remanescentes florestais e de espécies animais existentes no Paraná. Na quarta-feira (8/10), o governador Roberto Requião e o secretário de políticas de desenvolvimento sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Gilney Viana, assinaram um acordo de cooperação técnica para desenvolver os estudos do zoneamento paranaense. Cerca de R$ 8 milhões (R$ 3 milhões da União, R$ 3 milhões do estado e R$ 2 milhões captados junto a parceiros) serão investidos para que o zoneamento fique pronto até dezembro de 2004. O secretário estadual do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, afirmou que o zoneamento vai ser um "imenso banco de dados" a serviço do planejamento ambiental.

O estudo deve apontar quais regiões do estado são mais aptas para o reflorestamento, para a plantação de cada tipo de cultura agrícola e para a instalação de indústrias. Com base nos estudos, os órgãos ambientais vão poder negar ou conceder a licença ambiental necessária para a operação de cada unidade produtiva.

O secretário do Ministério do Meio Ambiente, Gilney Viana, destacou que é importante que o zoneamento ecológico-econômico se transforme em uma espécie de "pacto social" e que as diretrizes contidas no estudo sejam transformadas em lei de ordenamento territorial. Caso contrário, pode se tornar apenas um estudo, sem que suas orientações sejam respeitadas.