Na próxima segunda-feira (20/10), o presidente da Ucrânia chega ao Brasil para assinar o acordo espacial sobre lançamentos comerciais em Alcântara. Há entendimentos de grande importância na pauta do encontro de cúpula Brasil-Ucrânia. Tanto que a comitiva ucraniana, liderada pelo presidente Leonid Kutchma, é composta por nada menos de 29 membros, entre os quais cinco ministros.

A aliança espacial Brasil-Ucrânia cria uma empresa binacional para operar lançamentos comerciais do foguete ucraniano Ciclone-4 a partir do Centro de Alcântara no Maranhão. E compreende dois documentos: um acordo bilateral, pelo qual os dois governos decidem cooperar através de um projeto específico de exploração comercial de Alcântara com o uso do Ciclone-4; e o estatuto que institui a empresa binacional Alcantara Cyclone Space – da qual participam a estatal brasileira Infraero e três empresas estatais ucranianas -, que responderá pela execução do referido projeto.

A nova empresa, com sede no Brasil – mais precisamente em Brasília -, será criada segundo a lei brasileira. As duas partes entram com investimentos iguais na empreitada, e a diretoria da Alcantara Cyclone Space terá o mesmo número de membros brasileiros e ucranianos. Mas a presidência caberá a um brasileiro. Entre os dois países parece haver o desejo comum de que a nova empresa entre em ação em 2006, mas isso depende, sobretudo, dos investimentos a serem feitos por ambas as partes para construir toda a infra-estrutura e os equipamentos necessários à realização de lançamentos comerciais a partir daquele ano.