Chegou ao Rio de Janeiro, no início da semana, o veleiro russo Nadezhda para uma visita oficial de seis dias, cumprindo o itinerário de uma viagem de circunavegação mundial em comemoração ao bicentenário da histórica expedição iniciada em 1803 por ordem do czar Alexandre I.
O navio-laboratório-escola é usado para treinamento de alunos em navegação e mecânica e desenvolve um programa científico de monitoração remota das águas oceânicas e da atmosfera, focado nas comunidades de fitoplânctons marinhos, que são responsáveis pela produção de 40% do oxigênio do planeta.
O coordenador científico da viagem Oleg Bukin, membro da Academia de Ciências da Rússia, informou que os resultados obtidos pelas pesquisas são comparados aos registrados pelo satélite Sputinik e que os estudos contribuem para um mapeamento da distribuição de clorofila no mar.
Os diferentes equipamentos do laboratório flutuante processam informações que são coletadas e armazenadas dentro do GIS unificado, sistema que reúne maior capacidade de processamento e análise de dados. A viagem é financiada pelo Ministério dos Transportes da Rússia e permite aos cientistas reunir vasto material sobre o comportamento dos oceanos e seus efeitos sobre o clima.
O barco iniciou viagem no dia 25 de janeiro, saindo da cidade de Vladivostok, no extremo oriente da Rússia. Antes de ancorar no Rio, esteve nas Ilhas Canárias, na Espanha, e seguirá para as Ilhas Malvinas, percorrendo mais de 80 mil quilômetros em 14 meses e visitando 20 portos do mundo.
As informações são da Agência Brasil.