Usando tecnologias de geoprocessamento, o projeto Caracterização do Patrimônio Natural dos Campos Gerais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), abrangeu 22 municípios numa área de 11.741 quilômetros quadrados.
A área do estudo mapeia toda a escarpa devoniana dos Campos Gerais, que compreende a região de transição do primeiro para o segundo planalto. Foram monitoradas desde o município de Sengés, ao norte do Paraná, fazendo divisa com São Paulo, até a cidade de Rio Negro, divisa com Santa Catarina.
O projeto fez um diagnóstico do uso da terra, definindo áreas de preservação, de cultivo, localização dos pontos turísticos e sítios arqueológicos. Segundo o professor Lindon Fonseca Matias, coordenador do laboratório de Geoprocessamento do curso de Geografia da UEPG, a região que continua preservada é a borda da Escarpa Devoniana, que separa o primeiro e o segundo planalto. Segundo ele, o terreno tem uma topografia muito acidentada e impede o avanço da agricultura.
Outras áreas que conservam suas principais características são a Serra do Monge, próxima a Lapa, as bacias hidrográficas ao leste de Ponta Grossa, a Serra de Piraí do Sul e a Serra do Rio Negro. Os dados completos do estudo serão apresentados no próximo mês, quando será iniciada a segunda fase do projeto, intitulada Gestão do Patrimônio Natural dos Campos Gerais.
Esta segunda etapa irá aprofundar as informações coletadas, detalhar o estudo em Ponta Grossa e propor alternativas para o uso do território, definindo a Área de Preservação Ambiental (APA) nos Campos Gerais. As informações são do jornal Diário dos Campos, de Ponta Grossa (PR).