Com o declínio da fauna selvagem em todo o mundo, por causa dos mais variados tipos de impactos ambientais, estudar as populações ameaçadas sem a necessidade de capturar nenhum animal pode ser uma saída interessante.
Além, claro, de economizar recursos. Se depender do teste realizado no fim do ano passado pelos cientistas do Bronx Zoo, de Nova York, o método deve ser aprovado. A partir de imagens de satélites feitas a 450 quilômetros de altura, foi possível contar, uma por uma, as gazelas que vivem no zoológico, no espaço destinado aos animais africanos. As imagens registradas das girafas também tiveram uma boa resolução.
O pesquisador e ecologista Eric Sanderson, que testou o novo método, se declarou surpreso com os resultados. "Imagine se for possível, em breve, estudar os elefantes no Senegal, as girafas na Tanzânia e os flamingos da Bolívia sem sair do laboratório, apenas pelo monitor do computador", disse. Olhar para as outras partes do mundo e não apenas para os animais do próprio zoológico é exatamente o que o satélite chamado Quickbird vai fazer nos próximos meses. A tecnologia embarcada no equipamento é feita pela Nasa.
A fundação que comanda o zoológico do Bronx espera que as imagens de satélites possam ser usadas em breve em seus projetos. Ao todo, são 350 programas de conservação animal controlados pela instituição, espalhados por 54 países em todo o mundo.
Informações da Agência FAPESP