A Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), ONG com sede em Curitiba, utiliza um sofisticado Sistema de Informações Geográficas (GIS) para orientar e monitorar o plantio de mudas de espécies de árvores nativas, como parte dos projetos de restauração da Floresta Atlântica e ações contra o aquecimento global em áreas devastadas em Antonina e Guaraqueçaba, no litoral do Paraná.

Em cada ponto monitorado, são sobrepostas informações sobre o tipo de solo, topografia, declividade e vegetação. A partir do cruzamento dessas informações, são estabelecidos "polígonos", áreas com características semelhantes.

Em seguida, os técnicos da SPVS definem que tipo de muda será plantado, em que época, sob quais condições, usando qual técnica e ainda estabelecem, graças ao banco de dados, o espaçamento ideal entre as mudas e a periodicidade de manutenção, para evitar que a plantinha seja engolida pela vegetação do entorno.

Outro tipo de informação agregada refere-se às estradas da região, o que permite planejar o deslocamento e a logística de plantio em função do acesso. Até dezembro de 2003, já foram plantadas 288 mil mudas de árvores nativas da região, em 126 hectares. Até 2009, está previsto o plantio de mais 1.169.000 mudas nas três reservas que a SPVS mantém no litoral do Paraná.

Para fazer o manejo de cada área, são utilizadas fotos aéreas, imagens de satélite, ortofotos e amostras de campo. Com o planejamento em mãos, os técnicos responsáveis pelo plantio vão cumprindo o cronograma e ao mesmo tempo "prestando contas" sobre a produtividade, o crescimento das plantas, etc.