O Sistema de Posicionamento Global (GPS) mostrou efetivamente sua eficiência na manhã desta quinta-feira no Rio de Janeiro. Seis policiais militares estavam sendo investigados pela morte de um rapaz de 13 anos, no sábado passado no morro da Pedreira, em Acari (zona norte).

Segundo testemunhas, os policiais o pegaram, o jogaram no chão e o assassinaram com um tiro de fuzil na cabeça. Os PMs haviam alegado que no momento do crime estariam fazendo um patrulhamento em Rocha Miranda, bairro vizinho a Acari. Mas o GPS desmentiu os policias.

O aparelho instalado no giroscópio dos carros da Polícia Militar confirmou que eles estavam no morro na hora do assassinato. Os seis policiais, do 9º Batalhão, presos administrativamente desde a madrugada de domingo, foram soltos ontem. Eles trabalharão em funções administrativas até o fim do inquérito.

Outras investigações contra PMs estão em curso no Estado. Uma delas diz respeito ao espancamento e morte de três jovens no Rio Comprido (zona norte do Rio), no dia 13 de junho. 26 policiais militares do Grupamento Especial Tático-Móvel (Getam) estão sendo investigados. Porém o inquérito está sendo prejudicado pela falta de GPS: até a semana passada, os comboios do Getam (com três ou quatro carros) não possuíam esta tecnologia. Por isso, não é possível precisar se os policiais militares estavam no local do crime.

Segundo a PM, a partir da agora todos os comboios terão pelo menos um carro com o aparelho.

Informações da Agência Folha