A partir de hoje e durante os próximos 8 meses, o Brasil passa a comandar o CBERS-2 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres). Desde outubro de 2003, data de lançamento do satélite, esse controle vinha sendo feito pela China.

O gerenciamento do CBERS-2 é feito simultaneamente pelos dois países, entretanto, somente uma das partes por vez está autorizada a promover as ações necessárias à manutenção da qualidade do desempenho do equipamento em órbita. O monitoramento brasileiro será feito através do Centro de Controle de Satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que atualmente, somente aciona as câmeras do satélite durante suas passagens pelo território brasileiro ou, em caso de solicitações, em outras áreas do planeta cobertas pelo CBERS-2 (mesmo procedimento realizado pela China em relação ao seu território).

Funções brasileiras frente ao CBERS-2

O INPE deverá monitorar e corrigir a altura do satélite, quando necessário, através do acionamento dos propulsores de bordo. A correção periódica se faz necessária devido ao decaimento da órbita, acentuado pela ação da radiação e de explosões solares. As diferenças de altura causam um deslocamento na posição do satélite, que prejudica a montagem de mosaicos das imagens geradas.

O Instituto também deverá fazer a manutenção da sincronia do relógio de bordo com o horário da Terra. Esse fator é fundamental para o sucesso das operações programadas por telecomando.

Outra função do órgão brasileiro será o monitoramento e controle da precisão dos dados auxiliares sobre a altura do satélite, para garantir a confiabilidade das informações fornecidas.

Informações do INPE