Oracle cria soluções para facilitar o trabalho do usuário desta tecnologia
Não é nova a idéia de estender a tecnologia de banco de dados comerciais para armazenar os dados georreferenciados das aplicações de sistemas de informações geográficas (GIS). Ao aliar as duas tecnologias, figuras facilmente identificáveis pelo mais leigo dos usuários – representando rodovias, hospitais, estradas, oleodutos, montanhas e vales, etc.- passam a ser objeto de pesquisas automatizadas, com o que há de melhor no mundo corporativo.
Um banco de dados relacional permite o uso inteligente da informação e que ele ocorra de forma rápida e consistente, ainda que manipule um imenso, dinâmico e crescente volume de informações. Durante a última década, a Oracle investiu no desenvolvimento de uma infra-estrutura tecnológica robusta, capaz de suportar os requisitos de aplicações GIS corporativas, dados georreferenciados e relacionamentos espaciais. Desde o princípio, essa iniciativa tomou por base o padrão Open GIS, que garante que os dados espaciais armazenados no banco de dados não fiquem escravizados a um formato proprietário. Assim, os dados de aplicativos georreferenciados também poderão ser compartilhados por usuários em toda a empresa e reutilizados em outros aplicativos corporativos.
O fato de todo banco de dados Oracle ser dotado de funcionalidades para o armazenamento, indexação e pesquisa de geometrias espaciais (pontos, linhas, polígonos) demonstra o foco na construção de uma infra-estrutura altamente integrada para aplicações que lidam com dados espaciais. Esse conjunto básico de funcionalidades é conhecido como Oracle Locator. No caso de aplicações GIS corporativas, as funcionalidades deste são estendidas através do Oracle Spatial Todas as versões do banco de dados possuem o Oracle Locator, que suporta três tipos básicos de geometrias, as quais podem ser usadas para representar rodovias, fronteiras, oleodutos e outros. A primeira diz respeito a pontos e pontos- interligados que podem representar locais como prédios, hidrantes, postes, mangueira de óleo, garagens ou veículos em movimento. Outra alternativa são as linhas e curvas: elas podem indicar estradas, ferrovias, linhas de distribuição de energia ou oleodutos. Por fim, há também a opção pelos polígonos e polígonos complexos. Essas figuras podem passar pelo contorno de cidades, distritos, pântanos ou campos de óleo e gás. Já o polígono complexo (uma geometria com um buraco, por exemplo) pode representar uma parte de terra cercada por água.
Para integrar e representar informações espaciais efetivamente, o Oracle Locator e o Oracle Spatial oferecem ferramentas para o gerenciamento de sistemas de coordenadas e de projeções.
Para integrar e representar informações espaciais efetivamente, o Oracle Locator e o Oracle Spatial oferecem ferramentas para o gerenciamento de sistemas de coordenadas e de projeções. Aproximadamente mil tipos de sistemas de coordenadas são suportados e os usuários ainda podem definir novas espécies, além de contarem com a possibilidade de conversão de coordenadas espaciais entre diferentes sistemas.
Para tirar o melhor proveito da performance das consultas de dados espaciais, o banco de dados Oracle permite a criação de um índice do tipo R-tree. Ele tem ótimo desempenho e não requer muito esforço em sua administração e manutenção, além de suportar a indexação de geometrias com até quatro dimensões.
Vale mencionar, ainda, que um conjunto completo de operadores para o acesso aos relacionamentos espaciais é provido pelo banco de dados, permitindo, por exemplo, a comparação de geometrias para determinar se há interseção ou sobreposição entre as mesmas. Se tomarmos como base, por exemplo, uma busca por escolas de uma determinada região geográfica podemos identificar, através desses recursos, as unidades que estão dentro de uma área pré-definida.
Mas não é só. O Oracle Spatial oferece índices espaciais particionados, que podem ser associados a tabelas particionadas. Outra característica da novidade são os sistemas lineares de referência. Eles são a chave para redes lineares de aplicações de segmentação dinâmica, comuns em roteamento de estradas, redes de telecomunicações e gerenciamento de dutos de transporte de óleo e gás.
Oracle 10g pode armazenar e gerenciar todos os tipos de dados georeferenciados de aplicações GIS corporativas
Quando temos em vista o Oracle 10g, a nova família de bancos de dados da Oracle, lançada em novembro de 2003 no Brasil, é importante lembrar que ele incorpora novos tipos de dados e funcionalidades. Entre seus diferenciais está um network data model, isto é, um novo modelo de dados disponível para o armazenamento de redes de nodos interligados. Ele permite a realização de análises para determinar qual é o menor caminho entre um nodo e outro, ou ainda, o melhor caminho passando por uma lista de nodos definidos. É muito útil nas áreas de transporte de mercadorias, distribuição de energia e controle de tráfego.
O Topology Data Model, também do Oracle 10g, permite o armazenamento persistente de topologias em um banco de dados relacional. As consultas envolvendo relacionamentos entre topologias tornam-se muito mais eficientes. Na verdade, podem ser muito úteis nas áreas de gerenciamento de terrenos, construção de rodovias e mapeamento de fronteiras. É importante mencionar, ainda, o georaster, um recurso que permite o uso de imagens raster georeferenciadas, como as geradas por fotos de satélites. Elas podem ser armazenadas e manipuladas diretamente no banco de dados com ganhos de performance e dispensando o uso de servidores de arquivos inseguros. As aplicações e gerenciamento ambiental e de defesa nacional são algumas das beneficiadas por tal tecnologia.
Integração das soluções Autodesk com Oracle 10g
Mas, apesar de tantos recursos, o que mais chama a atenção do uso de um banco de dados relacional comercial é a sua comprovada robustez, referência em todo o mercado. O Oracle 10g é o único no mercado a contar com 17 certificações de segurança, outorgadas por institutos independentes em todo o mundo. Sua capacidade de lidar com volumes crescentes de dados, assim como seus recursos de recuperação em caso de falhas são desejáveis tanto nas corporações quanto nas organizações governamentais e entidades científicas em todo o planeta. Aliar o que há de mais avançado no mundo corporativo ao universo GIS é mais fácil e proveitoso do que muitos poderiam imaginar.
Saiba mais: www.oracle.com/br
Eduardo Lopez
vice-presidente de Tecnologia da Oracle do Brasil