Quase um mês depois da realização da III Conferência Científica do Projeto LBA – Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia – e o evento ainda movimenta a imprensa especializada. Ocorrida em Brasília de 25 a 31 de julho, a Conferência foi um sucesso: reuniu cerca de 800 cientistas brasileiros e estrangeiros.

A Embrapa Monitoramento por Satélite destacou durante o acontecimento trabalhos que envolviam temas como o monitoramento das queimadas no Mato Grosso, estudos de sensoriamento remoto sobre florestas secundárias e sobre as dimensões humanas do uso e cobertura das terras na Amazônia.

Segundo a assessoria da Embrapa, o órgão coordena, em parceria com a Indiana University – ACT, o projeto Dimensões Físicas e Humanas do Uso e Cobertura das Terras na Amazônia: Uma Síntese Multi-Escalar. A pesquisa abrange sete áreas de estudo e faz uma análise transversal sobre as dimensões sociais e biofísicas das transformações da paisagem amazônica. São enfatizadas áreas de assentamento rural, devido a sua relevância social e seus impactos sobre o uso e cobertura das terras.

"Os resultados vão fornecer subsídios práticos aos tomadores de decisão nas áreas de planejamento, desenvolvimento regional, políticas de reforma agrária e de conservação", lembra Mateus Batistella, assunto da palestra que ministrou na sessão especial sobre usos da terra e dimensões humanas, falando sobre o trabalho desenvolvido no Estado de Rondônia.

O LBA é um programa de cooperação científica internacional, liderado pelo Brasil, que tem como meta estudar as interações entre a Floresta Amazônica e as condições atmosféricas e climáticas. O programa recebe financiamento de agências brasileiras de fomento, da NASA e da Comissão Européia e envolve pesquisadores de várias partes do mundo.

Informações da Embrapa