O catálogo de imagens do CBERS-2 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) na internet está batendo recorde de visitação. Há três meses no ar e ainda em fase experimental, já foram cadastrados mais de 700 usuários e cerca de 7.000 cenas foram solicitadas. O sucesso do catálogo é devido à nova política de democratização do uso do sensoriamento remoto no Brasil, anunciada pelo ministério da Ciência e Tecnologia no início do ano. Segundo o ministro da pasta, Eduardo Campos, a iniciativa de disponibilizar as imagens sem custo é de grande importância, não somente para atender ao público que já utiliza esse recurso, mas também por promover a inclusão social e aproximar a sociedade do programa espacial. "A idéia é que as imagens sejam tratadas como um bem público, aumentando a competitividade das empresas usuárias, dos pesquisadores e do país", afirma o ministro.
Segundo o diretor do Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Luiz Miranda, a utilização gratuita das imagens do satélite é importante para a difusão do conhecimento. "É uma oportunidade para que aqueles que estão tendo essas imagens a custo zero tenham a capacidade de desenvolver novos produtos, gerando emprego e renda no universo acadêmico e beneficiando a difusão do conhecimento", complementa.
O CBERS-2 foi lançado em outubro de 2003 e opera com total êxito
Primeiramente foi criado um novo site para o Programa CBERS. Além de ganhar um novo layout, um mecanismo de busca e clipping e um link direto para o catálogo de imagens foram inseridos na página. Para ter acesso às imagens do satélite é simples: basta o preenchimento de um cadastro. Atualmente, o uso das imagens do CBERS-2, que opera com sucesso desde o seu lançamento em outubro de 2003, é restrito ao Brasil e à China.
Um Memorando de Entendimento assinado pelos governos dos dois países no final de maio deu início ao processo que resultará na produção de estações de recepção e o fornecimento e comercialização, para países além de China e Brasil, de imagens geradas pelos satélites.
Primeiras imagens do Brasil coletadas pelo CBERS-2
A iniciativa fará com que Brasil e China ocupem um importante espaço no mercado internacional de imagens para sensoriamento remoto, uma vez que alguns dos principais satélites com características semelhantes às do satélite CBERS ou estão no final de sua vida útil, ou apresentam problemas na geração de imagens.
Informações: www.cbers.inpe.br