Uma ação instaurada pelo Ministério Público Estadual (MPE) de Itapetininga está tentando reverter o quadro de degradação da mata ciliar nas margens do rio Itapetininga, utilizando geoprocessamento.
Por conta dos estragos proporcionados pelo homem ao meio ambiente, a parte baixa do rio corre o risco de desaparecer nos próximos cinqüenta anos, caso nada seja feito. Com o auxílio de um estudo realizado por ambientalistas locais, que fizeram o geoprocessamento do rio – que consiste em mapear todo o trajeto daquele manancial, utilizando para isso até a ajuda de satélites -, foi possível identificar os pontos de desmatamento e assoreamento.
"Onde houve destruição terá de ser feito o replantio. Por isso, com o levantamento de todos os proprietários estamos convocando aqueles que causaram danos a mata ciliar para tentarmos um acordo de recuperação do local.
O dono do terreno terá de nos apresentar um plano de recuperação ambiental, com o plantio de árvores nativas. Em alguns casos, inclusive, solicitamos um plano de destinação do esgoto e lixo.
Aqueles que não quiserem fazer o acordo, certamente serão réus em uma ação civil pública que iremos instaurar", destacou o promotor público Carlos Henrique Prestes de Camargo. De acordo com o promotor, há anos atividades agropecuárias sem critérios ecológicos e a instalação de ranchos de pescas nas margens do rio são as responsáveis pela destruição da vegetação.
Surgiram pontos de assoreamento e, em vários trechos, barrancas do rio estão cedendo. Diante desse quadro, avaliado por Camargo como "extremamente preocupante", há dois anos o MPE abriu inquérito civil público para apurar as responsabilidades.
Informações do jornal Cruzeiro do Sul