Está marcada para o próximo dia 15 uma reunião do conselho superior da Agência Espacial Brasileira, órgão responsável pela elaboração e atualização do programa espacial, que efinirá a versão do Programa Nacional de Atividades Espaciais para 2005/2014.

O Brasil é o único país do hemisfério Sul a contar com um programa espacial que envolve diferentes vertentes da atividade, tais como o desenvolvimento de satélites, lançadores e tecnologias associadas. Em cooperação com a China, o país desenvolve o CBERS, bem-sucedido programa de satélites de sensoriamento remoto.

A revisão do programa espacial brasileiro que está sendo conduzida em Brasília, em seminário de três dias que começou na terça-feira (30/11), servirá como base para os trabalhos do conselho da AEB na elaboração do programa.

Promovido pela Agência Espacial Brasileira (AEB), o encontro reúne especialistas da área espacial e representantes da sociedade para o debate de questões com os resultados da revisão do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) ou as tendências do setor no mundo.

Na cerimônia de abertura do evento, o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, ressaltou a importância de se avaliar o programa espacial com visão de futuro e a consciência e que não se trata de um programa de governo, mas do país.

"É hora de rever o PNAE dentro de um novo ambiente mundial no qual está o Brasil", disse. Segundo a AEB, a multidisciplinaridade buscada pelo seminário tem como objetivo garantir que os pareceres reproduzam as necessidades da sociedade. "É a soberania popular que deve dirigir as nossas ações", afirmou o presidente da instituição vinculada ao MCT, Sérgio Gaudenzi. Segundo o MCT, o objetivo é fazer com que a área possa contar com recursos anuais da ordem de US$ 100 milhões, o que corresponderia ao maior valor já investido. Em 2004, foram aplicados pouco mais de US$ 50 milhões.

Informações da FAPESP