O Brasil deve entrar no mercado internacional de venda de imagens de satélite até o final do primeiro semestre de 2005.

Países interessados na compra das imagens captadas pelo satélite sino-brasileiro CBERS 2 já estão sendo catalogados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e, depois de acertadas as condições, iniciarão a construção de estações de captação dos dados. Segundo o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Sérgio Gaudenzi, o dinheiro arrecado com a comercialização deverá ser revertida para o programa espacial brasileiro.

"Estimamos que cada país pegue anualmente US$ 250 mil, que serão divididos de forma igual entre Brasil e China", afirma. "É uma quantia acanhada, diante do quanto temos de investir no programa", avaliou Gaudenzi. "Mas já é alguma ajuda".

Para alguns países, as imagens deverão ser cedidas gratuitamente. "Isso deverá valer para aqueles que não tiverem condições de pagar", adiantou Gaudenzi. Pelas projeções da AEB, o ideal seria que fossem investidos anualmente U$ 100 milhões no programa espacial. Para 2005, ele deve contar com pelo menos US$ 80 milhões.

Informações do Jornal Cruzeiro do Sul