A 27ª edição do Rali Dacar começou há seis dias, em Barcelona (ESP), com novas medidas de segurança para minimizar o risco de acidentes nos 17 dias, em que os participantes vão percorrer mais de 9 mil km.
A organização da prova prevê velocidade máxima de 50 km/h para todos os veículos (serão 695 competidores, entre motos, carros e caminhões) durante a passagem por vilarejos do deserto.
"Por mais que a organização evite que a caravana passe perto das pequenas vilas espalhadas pelo Saara, isto às vezes acontece", disse Klever Kolberg, piloto brasileiro que participa da prova pela 18ª vez.
A cada km excedido, o piloto será penalizado com 30 segundos e multado em ? 300. Em caso de reincidência (velocidade acima), a punição aumenta. A medida tem o objetivo de evitar o que aconteceu na última edição do Rali dos Faraós, em 29 de setembro, quando o piloto francês Richard Sainct, campeão do Dacar em 1999, 2000 e 2003, morreu em acidente.
Além da limitação acima, os caminhões terão velocidade máxima de 150 km/h. O piloto brasileiro André Azevedo disse que a nova limitação beneficia sua equipe, que ficará mais competitiva.
"Nosso Tatra alcança 165 km/h. Os Kamaz e os DAF podem chegar a 180 km/h. A limitação nivelou tudo", disse Azevedo, acrescentando que a fiscalização será feita pelo GPS instalado nos próprios veículos.
