A terceira cúpula mundial sobre a observação da Terra abriu nesta quarta-feira os seus trabalhos em Bruxelas (Bélgica), tendo como principal objetivo reforçar o uso de satélites na aplicação de políticas de desenvolvimento duradouro.
Esta cúpula, a primeira na Europa depois das de Washington e Tóquio, realiza-se sob a égide da Comissão Européia e conta com a participação de meia centena de representantes de governos e organismos espaciais. Segundo declaração do diretor-geral para a investigação na Comissão Européia, Achilleas Mitsos feita durante a abertura da conferência, pretende-se "pôr a observação da Terra (através de satélites) a serviço da comunidade internacional.
"O recente tsunami, que causou mais de 280 mil mortos na Ásia no final de dezembro, confirma, ou reconfirma, que é crucial um sistema de observação da Terra mais bem integrado e partilhado", acrescentou Mitsos. Já o secretário norte-americano do Comércio, Donald Evans, sublinhou as "grandes vantagens econômicas" decorrentes do poder de previsão meteorológica.
Os organizadores do evento dizem que a cúpula quer tentar determinar os meios "de que se dotará a comunidade internacional em matéria de observação da Terra e aumentar a cooperação mundial no domínio espacial".
Prevê-se que os participantes aprovem um plano de ação de dez anos com vista à criação de um "sistema de sistemas mundiais de observação da Terra" (GEOSS) a fim de montar "sistemas de alerta" para evitar que "os riscos naturais desemboquem em grandes catástrofes".
Informações da Agência Lusa