As tartarugas marinhas terão as rotas migratórias monitoradas por satélite.

O programa de instalação de transmissores nas fêmeas da tartaruga-de-pente que desovam na costa do Brasil foi iniciado na segunda-feira passada (14) pelos técnicos do Projeto Tamar, ONG científica com base na Praia do Forte, litoral norte da Bahia, que trabalha pela preservação das tartarugas há décadas.

A idéia é acompanhar a espécie e determinar seu comportamento no período de reprodução dentro do Programa de Estudo da Biologia das Tartarugas Marinhas através de Telemetria por Satélite, iniciativa do Tamar com o Centro de Pesquisas da Petrobrás (Cenpes). Conforme a presidente da Fundação Pró-Tamar, a oceanóloga Neca Marcovaldi, "a proposta é investigar os deslocamentos reprodutivos e pós-reprodutivos das tartarugas no litoral, por meio da utilização de transmissores integrados ao sistema Argos de monitoramento por satélite".

Com os dados coletados pelos transmissores, será possível, entre outras coisas, analisar o padrão de migração das tartarugas após a temporada de desova.

Depois da experiência piloto com a tartaruga-de-pente, a partir de setembro, já na temporada reprodutiva 2005/2006, o projeto se estenderá para as outras quatro espécies que desovam no litoral brasileiro.

"A intenção é abranger ainda as bases do Tamar em Sergipe, Rio e Espírito Santo, cujas praias também são usadas pelas tartarugas para reprodução", diz Neca.

Os técnicos usarão para o monitoramento via satélite o equipamento KiwiSat 101, importado na Nova Zelândia.

Trata-se de um tipo de transmissor com intervalos de sinais longos.

Informações do CruzeiroNet