Será inaugurada, no próximo dia 29, a primeira estação da rede do rio Paraíba operada com satélites.
A primeira estação da Rede Piloto de Plataformas Hidrológicas de Coletas de Dados da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul funcionará na empresa Maxion Sistemas Automotivos, em Cruzeiro (SP). Os satélites SCD-1 e 2 e CBERS-2, que serão utilizados, foram desenvolvidos pelo INPE e permitirão que as entidades parceiras neste projeto recebam dados em tempo quase real, a cada 100 minutos. A rede de estações hidrológicas será composta por sete unidades, que ficarão instaladas ao longo do trecho paulista do rio Paraíba.
Além da estação de Cruzeiro, as outras seis Plataformas de Coleta de Dados (PCDs) ficarão situadas em Queluz (SP), no ponto de captação de água da BASF, em Guaratinguetá, da SABESP, em Pindamonhangaba, da Petrobrás, em São José dos Campos, e nas captações da Cervejaria Kaiser Brasil, em Jacareí e em Santa Branca. As PCDs serão dotadas de sensores que irão medir um conjunto de sete parâmetros, que indica poluição de natureza química e orgânica. Serão medidos oxigênio dissolvido, condutividade, pH, temperatura, salinidade, turbidez das águas, além do nível do rio, que indica indiretamente a pluviosidade e o volume das vazões.
O monitoramento das águas do rio Paraíba deverá oferecer subsídios a órgãos envolvidos na ocorrência de eventos extremos de poluição e enchentes e funcionar como um sistema de alerta no caso de acidentes com cargas perigosas.
Outra vantagem do monitoramento é a coleta noturna dos dados. Será possível conhecer o comportamento do rio no período noturno, quando diminui a atividade industrial no Vale, e até detectar lançamentos clandestinos que poderiam ser feitos à noite. Com a ampliação de pontos monitorados na bacia, integrando dados de qualidade e quantidade da água, será possível gerar séries de dados confiáveis, respaldadas nas séries históricas da CETESB e do CPTEC/INPE.
A expectativa é de que os dados da rede possam ainda fundamentar o processo de outorga e cobrança pelo uso da água; subsidiar o planejamento e a execução de obras; ordenar o uso e a ocupação do solo e oferecer subsídios a estudos hidrológicos para projetos e obras hidráulicas e de abastecimento.
Informações do INPE