O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUE) divulgou, no dia 3 de junho, uma impressionante série de fotografias tiradas por satélite que revelam a amplitude dos danos causados pelo homem à fisionomia do planeta. As fotos foram tiradas pela Nasa (a agência espacial americana) e mostram o impacto das guerras, principalmente na foz de Chatt al-Arab, que separa o Irã do Iraque, cujos bosques de tamareiras foram arrasados pelos conflitos e pelo desenvolvimento da indústria petroleira. O "Atlas de nosso Meio Ambiente em Mutação", lançado por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente (DMMA), compara fotos de regiões do mundo tiradas com vários anos de diferença. Trata-se de uma comparação entre imagens captadas em 1979 e em 2000, em que pode-se notar a espetacular aparição de uma península de 25 quilômetros de comprimento na desembocadura do rio Yang-Tsé, na China, formada pelos aluviões alimentados pela erosão das regiões que atravessa, cuja causa principal é o desmatamento. O atlas também mostra a diminuição da camada glacial no Pólo Norte causada pelo aquecimento climático, assim como as dos glaciais himalaios, andinos ou alpinos. Na Amazônia, pode-se notar em 1975 uma grande parte ocupada antes pela selva e que aparece branca em 2000, por causa de anos de desmatamento. A expansão das cidades também mostra efeitos devastadores nos arredores de capitais como México, que passou de nove a mais de 20 milhões de habitantes nos últimos 30 anos em detrimento das florestas que cercavam a cidade. Informações do Portal Terra