Uma parceria entre o Instituto Terra Nova e a APA Petrópolis/IBAMA deu origem a uma nova versão do Mapa de Vegetação e Uso de Solo da APA. Com o novo mapa em escala aproximada 1:10.000, será possível realizar o monitoramento preciso da cobertura vegetal e dos danos ambientais decorrentes de desmatamentos, queimadas e ocupações irregulares da área. Os dados referentes à cobertura vegetal, incluindo o trabalho de campo de técnicos especializados, foram reunidos em um banco de dados georreferenciado, o que permitirá maior agilidade ao trabalho de fiscalização dos órgãos ambientais. "Além do avanço em termos técnicos, este levantamento também representa uma importante ferramenta para auxiliar no planejamento e execução de políticas públicas", afirma a chefe da APA Petrópolis, a bióloga Yara Valverde. O trabalho de campo coordenado pelo Instituto Terra Nova reuniu três geógrafos, dois biólogos, um engenheiro florestal e um engenheiro agrônomo, que percorreram todo o território da APA Petrópolis e chegaram a conclusões surpreendentes em três meses. "Existem áreas em pleno Centro da cidade com remanescentes da Mata Atlântica nativa, incluindo espécies raras e em extinção", revelou Marcelo Motta. Segundo Bruno Coutinho, coordenador de geoprocessamento do Terra Nova, este trabalho pode se tornar modelo para planejamento e gestão de Unidades de Conservação. O levantamento dos dados para produção do mapa revelou que, dos 60 mil hectares da APA Petrópolis (que abrange ainda parte dos municípios de Duque de Caxias, Magé e Guapimirim), 72% são formações de Mata Atlântica e ecossistemas associados. O levantamento também traz algumas constatações preocupantes, como a degradação da cobertura vegetal em áreas de expansão urbana desordenada, como a Serra Velha da Estrela. "O trabalho de prevenção e combate à degradação do meio ambiente é permanente e sua eficácia aumenta com ferramentas mais precisas. Mas vamos continuar avançando, inclusive com técnicas de longo prazo como o monitoramento interno das florestas", informa Yara Valverde. Informações do Instituto Terra