O projeto do sistema de navegação por satélite da União Européia Galileo pode ser estacionado se a indústria alemã não obtiver uma grande parcela do projeto multibilionário, afirmou o governo da Alemanha na última sexta-feira. O Galileo, resposta da União Européia ao Sistema de Posicionamento Global por Satélites (GPS) dos Estados Unidos, está previsto para começar a operar em 2008 com uma rede de 30 satélites que fornecerão serviços de localização principalmente para uso civil. "Como maior financiadora do desenvolvimento do sistema de navegação, a indústria alemã precisa estar adequadamente incluída", disse o ministro dos Transportes da Alemanha, Manfred Stolpe, em entrevista. "Sem um acordo sobre o retorno industrial, todo o projeto Galileo está ameaçado", acrescentou o ministro. A maior operadora de telecomunicações da Alemanha, Deutsche Telekom, parcialmente controlada pelo Estado, informou que estar interessada em fazer uma oferta e, para isso, está negociando com parceiros potenciais. Os dois grupos que disputam o contrato bilionário para a montagem da rede de satélites são: o iNavSat, formado pela gigante aeroespacial européia EADS, pela francesa Thales e pela britânica Inmarsat; e o Eurely, integrado pela francesa Alcatel, pela italiana Finmeccanica e pelas espanholas AENA e Hispasat. Stolpe informou que a afiliada da Deutsche Telekom, a T-Systems, poderia atuar na transmissão de dados do projeto. Mais tarde, um porta-voz da companhia confirmou que a empresa está interessada e que já começou negociações para integrar um dos consórcios. Os comentários de Stolpe foram feitos após informações de que os dois grupos estão trabalhando em uma proposta conjunta. "Uma fusão a essa altura vai acabar com a competição de maneira muito prematura. O governo alemão considera isso muito crítico", disse Stolpe. A Alemanha está representada apenas no grupo iNavSat, por meio da EADS. Enquanto isso, companhias francesas estão em ambos os consórcios. Informações do Portal Terra