O sistema de navegação por satélite Galileo tem previsão de funcionamento para 2008, com mais de 30 satélites para uso principalmente civil, desde a assistência aos motoristas à colaboração em operações de salvamento. A decisão do Galileo Joint Undertaking (GJU), órgão responsável pela licitação, de aprovar a proposta conjunta põe fim a uma longa batalha pelo direito de liderar o projeto. Os dois consórcios, compostos principalmente por grandes grupos industriais da França, da Alemanha, da Espanha e da Itália, disseram em maio que queriam se fundir, depois que o GJU se recusou a escolher uma das duas propostas. Na última segunda-feira, dia 27, o GJU afirmou que a proposta conjunta é melhor para o público, e as negociações sobre o contrato de concessão devem se encerrar até o fim do ano. Os dois grupos são: o iNavSat, formado pela gigante aeroespacial européia EADS, pela francesa Thales e pelo grupo de comunicações por satélite Inmarsat, com sede na Grã-Bretanha; e o Eurely, composto pela Alcatel, da França, a italiana Finmeccanica e as espanholas AENA e Hispasat. "A avaliação dessa proposta conjunta, comparada às propostas individuais, mostrou uma redução significativa na contribuição financeira do setor público e um aumento da renda comercial prevista", disse o GJU num comunicado. "Também se adapta ao cronograma previsto e não causará atrasos ao programa." "Tanto o Eurely como o iNavSat podem concluir a fusão de seu consórcio e, em conjunto com o GJU, prosseguir com as negociações para o contrato final de concessão", disseram os grupos num comunicado. O comissário de Transporte Jacques Barrot elogiou a decisão. "O Galileo é uma revolução tecnológica emocionante. Vai gerar reflexos na indústria e benefícios para as empresas européias." O período de concessão será de 20 anos, durando até 2026, durante o qual devem ser produzidos bilhões de dólares em receita. Documentos do Executivo da UE mostraram que a proposta conjunta resultará num aumento de 20 por cento na receita prevista, graças à associação de áreas de diferente know-how, como telecomunicações, transporte e receptores. Jean-François Bou, diretor do Programa Galileu da Thales, disse que a fusão é a melhor solução para a Europa. "É o único meio, na minha opinião, de garantir um retorno justo a todos os países europeus envolvidos", disse ele à Reuters, acrescentando que alguns países não se convenceram totalmente disso. Informações da Agência Reuters
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