A estiagem que castiga os rios e lagos da região amazônica foi captada pelo satélite americano Landsat. As imagens, processadas pelo INPE, revelam de forma inequívoca a diminuição do leito dos rios.
Com resolução espacial de aproximadamente 250 metros, as imagens mesmo sub-amostradas (a resolução normal do satélite Landsat é de 30 metros) mostram as alterações nos rios Solimões e Negro, na região de Manaus.
A diferença na paisagem é detectada na comparação de duas cenas, uma obtida em 30 de agosto e a outra no dia 1º de outubro. “As setas apontam para áreas impactadas pela vazante intensa. No Rio Negro estão indicadas três áreas, sendo que na parte superior aparece em branco o surgimento de uma praia pequena enquanto que as setas na região mais abaixo indicam extensas áreas com novas praias aflorando e cujas dimensões chegam a 10 quilômetros de comprimento por até 4 de largura”, explica Paulo Martini, pesquisador do INPE.
Da mesma forma, o pesquisador registra que no Solimões, onde as setas apontam à esquerda o Lago de Manacapuru e à direita o Lago de Manaquiri, fica clara a diminuição do rio neste curto espaço de tempo. “Na imagem vemos a assinatura típica de terra úmida exposta sem um mínimo de lâmina de água. A diferença de apenas 30 dias entre as duas imagens mostra o vigor e a rapidez com que se instalou a vazante na região”, conclui Martini.
Informações do INPE