O INPE e a Fundação SOS Mata Atlântica acabaram de apresentar os primeiros dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica para o período compreendido entre os anos de 2000 a 2005. O primeiro mapeamento foi lançado em 1990, e desde então o trabalho vem sendo atualizado e aprimorado.
 
Nessa nova versão foram aprimorados aspectos relacionados ao georreferenciamento das bases temáticas geradas, bem como na identificação dos remanescentes, procurando minimizar erros de interpretação.

Critérios de mapeamento foram revistos com o objetivo de priorizar a identificação dos diferentes estágios de regeneração das formações arbóreas. Formações em estágios iniciais de regeneração foram excluídas do mapeamento, devido ao elevado grau de incerteza em seu delineamento mediante o uso de imagens orbitais.

Entre as novidades do Atlas, destaca-se a inserção de novas bases, como a dos limites municipais e das Unidades de Conservação, além das áreas prioritárias para conservação da biodiversidade da Mata Atlântica e das formações vegetais, definido pelo artigo 3º do Decreto Federal 750/93 e com base no Mapa de Vegetação do Brasil do IBGE, na escala 1:5.000.000.

Os trabalhos do período 2000 a 2005 estão em andamento e os resultados finais, o relatório, os novos mapas, as imagens de satélite de cada município e a base em formato vetorial estarão acessíveis no final de 2006 para possibilitar o trabalho dos técnicos que atuam em favor da conservação do bioma.

Dos 17 Estados abrangidos pela Mata Atlântica, já foram avaliados ES, GO, MS, RJ, SP, PR, SC e RS, perfazendo um total de 60% do bioma. Quando estiver finalizada, essa edição do Atlas da Mata Atlântica contemplará 10 Estados, perfazendo 94% do total. As bases dos Estados de Minas Gerais e Bahia deverão ser avaliadas nos próximos meses.

Considerando os totais de desflorestamento identificados nos períodos 1995-2000 e 2000-2005, a comparação indica que houve diminuição na área total desflorestada em 71%. Os números atestam uma boa notícia, mas também revelam que sobrou muito pouco para desmatar.