A palestra especial sobre GNSS (Sistemas Globais de Navegação por Satélite), que ocorreu no dia 19 de julho no GEOBrasil Summit, foi uma das mais concorridas do evento.

Jason Kim, coordenador do programa GPS, e Jean Chenebault, representante do programa Galileo, representaram os sistemas americano e europeu. Eles explicaram os avanços tecnológicos dos sistemas de localização e as possibilidades de interoperabilidade entre eles.

Segundo Kim, a tendência é de cooperação entre os Estados Unidos e outros países. “Já temos colaboração mútua com o Brasil e posso destacar o SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia), uma operação desenvolvida em conjunto pelos dois países. A tendência é ampliarmos a aplicação do sistema com as nações em desenvolvimento”, completou.

Já Chenebault apresentou o projeto de implantação do Galileo, que deve começar suas operações em 2009. “O objetivo é fazermos do já existente sistema europeu EGNOS uma rede de mais de trinta satélites. Queremos disponibilizar para o mundo sistemas integrados, onde o GPS, o Galileo e os outros existentes operem em conjunto”, analisou.

Atualmente, os sistemas de satélites que permitem a localização em diversas partes do planeta já compartilham parte de seus sinais entre si. Além do americano GPS e do europeu EGNOS, existem os sistemas MSAS, desenvolvido no Japão e o GAGAN, em fase de implantação na Índia.

Com a inclusão do Galileo, que deve exercer suas atividades plenas em 2012, aproximadamente uma centena de satélites voltados para sistemas de localização devem operar simultaneamente, possibilitando uma expansão do mercado.

Para Chenebault, a expansão do GNSS no mundo deve ser semelhante à ocorrida com os celulares. “Acredito que até 2020, cada indivíduo deva possuir seu localizador portátil”, acrescentou.

No Brasil já existe o Centro de Informações do Galileo para a Amércia Latina, que objetiva divulgar o novo sistema para a comunidade. Para mais informações acesse www.galileoic.org