Representantes da Agência Espacial Brasileira (AEB) e da Comissão Européia (CE) reuniram-se no início da semana em Brasília para negociar a participação brasileira no sistema de navegação e posicionamento por satélite Galileo.
A comunicação oficial deve ser realizada por via diplomática e permitirá que o país inicie as negociações com a CE para definir os termos da cooperação.
Embora o Brasil tenha acesso aos dados do sistema GPS, o projeto europeu se propõe a trazer diferenciais quanto à integridade, confiabilidade e melhor resolução das informações posicionais repassadas pela constelação de satélites.
Importância estratégica
"A participação do Brasil em um programa como esse é bastante importante e extremamente positiva", afirmou Gilberto Câmara, diretor do INPE.
Para ele, é sempre importante ter acesso a um sistema que deve funcionar, no futuro, como uma espécie de alternativa ao GPS, originalmente criado pelos norte-americanos para fins militares.
Pelo menos nesta primeira fase o Brasil não terá custo algum para participar do Galileo. Apesar das negociações caminharem para o entendimento, os resultados efetivos não serão divulgados em curto prazo, grande parte devido ao calendário eleitoral brasileiro. A decisão final deverá ser tomada somente no próximo governo.