A Secretaria Municipal do Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente (Seplam) acaba de receber o primeiro lote com 40% das ortofotocartas que comporão a Carta Cartográfica Digital de Salvador.
O material foi enviado a partir de Curitiba, sede do Consórcio Aeroimagen-Engefoto, e beneficiará 23 órgãos municipais, que terão acesso às informações cartográficas e cadastrais e aos indicadores socioeconômicos para elaboração de novos projetos. O prazo para que os dados estejam disponíveis na internet, no site da Seplam, termina no final do ano.
"A carta identificará áreas passíveis de crescimento e atualizará os dados cadastrais do município", explica a secretária do Planejamento, Kátia Cristina Gomes Carmelo.
No aerolevantamento, que é a primeira etapa do projeto, foram feitas 606 fotos. Após essa fase foram implantados os marcos geodésicos, que podem ser localizados em um mapa e em uma monografia com fotos e instruções, que cobrem os 20.920 logradouros de Salvador.
Na etapa atual está sendo feita a aerotriangulação, ou seja, a aplicação de um processo matemático na correção das diferenças de altitudes de vôo e deriva, para que isso gere uma base cartográfica classe A, com alto nível de precisão.
Os dados obtidos pelas aerocartas são checados com o mapeamento feito pelo Cadastro Municipal de Logradouros, realizado pela Seplam. Cada ortofotocarta é acompanhada por uma planta baixa do sistema viário da área.
Com a Carta Cartográfica Digital, Salvador passa a ter um Sistema Cartográfico Cadastral próprio, segundo o Decreto Municipal 16.781, de 18 de setembro de 2006. Antes, o município dispunha de um mapeamento incompleto, feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder). O decreto determina que todo tipo de empreendimento e projeto deverá seguir a carta.
O projeto vem despertando o interesse de empresas imobiliárias, de logística, instituições de ensino e pesquisa, instituições de classe, concessionárias de serviços públicos, Marinha e Aeronáutica. Foi criado um comitê para discutir os procedimentos de regulamentação para acesso aos dados, como determina o decreto.