O sistema ferroviário brasileiro receberá nos próximos quatro anos R$ 12,5 bilhões para a ampliação da malha e manutenção dos trilhos, além da compra de novos vagões e locomotivas.
Desses recursos, aproximadamente 50% serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Um dos objetivos do programa é aumentar a participação do modal ferroviário no total de cargas movimentado pelo sistema de transporte brasileiro, que é predominantemente rodoviário.
Segundo Dalmo dos Santos Marchetti, gerente do Departamento de Transporte e Infra-Estrutura do BNDES, pelo menos mais 2 mil quilômetros de malha ferroviária serão construídos por esse programa de investimentos, o que corresponde a 7% da atual extensão ferroviária brasileira.
Rodrigo Vilaça, diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportes Ferroviários (ANTF), lembra que em 1958 o país tinha 38 mil quilômetros de ferrovias. Atualmente a extensão encolheu para cerca de 30 mil quilômetros. Por isso, ele defende a integração com outros modais de transporte para melhorar a eficiência do sistema.
Geoprocessamento
O geoprocessamento é uma ferramenta imprescindível em todas as fases do transporte ferroviário. Antes da implantação dos dormentes e trilhos é necessário um levantamento plani-altimétrico atualizado. Na fase de obras o projeto deve ser seguido com alta precisão, utilizando equipamentos GPS e estação total. Com os trens em movimento, o controle e monitoramento é feito através de um GIS que informa a posição geográfica e os trechos percorridos pelas composições.