Um deslizamento de terra nas obras da estação Pinheiros do metrô de São Paulo abriu uma cratera de 80 metros de diâmetro e 30 de profundidade na Zona Oeste da capital paulista na útima sexta, dia 12.
Parte da rua foi engolida e mais de 80 casas foram afetadas pelo deslizamento, que soterrou uma van. O micro-ônibus da cooperativa Transcooper saiu do ponto final, na Rua Capri, poucos momentos antes do acidente.
Paulo Roberto Santos, vice-presidente da empresa, informou que o sistema de rastreamento da companhia recebeu o último sinal GPS enviado pela van no local onde agora está a cratera. Outros veículos também foram tragados pelo deslizamento, entre eles quatro caminhões utilizados nas obras.
Causas
Segundo comunicado das empresas, a cratera foi aberta por conta de instabilidades no solo do rio Pinheiros, agravadas pela chuva. No entanto, técnicos e especialistas argumentam que a ocorrência de chuvas está dentro do padrão para janeiro, e que o projeto deveria prever as características do solo onde passará um túnel do Metrô.
Especialistas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do INPE informaram que as fortes chuvas de dezembro ficaram acima da média, mas não superaram as marcas recordes medidas pelos institutos.