Estudantes brasileiros de ciência da computação e engenharia terão em breve um satélite universitário para realizar experimentos tecnológicos com aplicação na área espacial.
Trata-se do Itasat, que desde o segundo semestre de 2005 está sendo desenvolvido pela Agência Espacial Brasileira (AEB), em parceria com o Inpe e universidades públicas nacionais.
O desenvolvimento do satélite Itasat conta com a participação de acadêmicos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) nas áreas de engenharia e computação, da USP, campus de São Carlos, nas áreas de engenharia elétrica e telecomunicações, e da Unicamp na área de computação.
Ao Inpe cabe a responsabilidade pela execução orçamentária e pela engenharia de sistema, garantindo atendimento aos requisitos operacionais do sistema como um todo.
A coordenação de alocação dos recursos acadêmicos está a cargo do ITA, enquanto que a Agência Espacial Brasileira (AEB) participa na liberação de recursos financeiros orçamentários. De acordo com a AEB, em 2006 foi destinado R$ 1,6 milhão ao projeto.
Características técnicas
O Itasat terá massa de cerca de 70 kg, órbita quase equatorial de baixa altitude de 750 km e inclinação de 25 graus, características orbitais bastante próximas dos satélites de coleta de dados SCD-1 e SCD-2, desenvolvidos e construídos pelo Inpe.
Na fase experimental, o Itasat terá experimentos tecnológicos com aplicações na área espacial, enfocando as atividades de controle de atitude, computação, telecomunicações, mecanismos, controle térmico, além de geração e distribuição de potência. Empresas privadas da indústria espacial nacional também deverão participar.
Não existe uma data definida para a construção do modelo de vôo e posterior lançamento, mas tanto o Inpe como as universidades envolvidas têm trabalhado no desenvolvimento com o objetivo de lançar o satélite para lançamento no final de 2009.