Uma pesquisa norte-americana atestou que Marajó, maior ilha fluvial do mundo, está perdendo parte do território por conta de um fenômeno natural que está alargando a foz do Rio Amazonas.
Para comprovar a tese, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) vai monitorar o comportamento da desembocadura do maior rio do mundo em volume d’água. O mapeamento será feito com ajuda de um satélite canadense e com radares. Até o momento, os pesquisadores já sabem que a taxa de alargamento da foz é de 10 milímetros por ano.
A área em questão tem grandes dimensões. Em extensão, a boca do Amazonas mede 330km, desde o cabo Norte, no Amapá, até a ponta da Tijoca, no Pará. No meio está a ilha de Marajó, com 40 mil quilômetros quadrados.
Caminho dos sedimentos
A pesquisa brasileira sobre a foz do Amazonas vai estudar também o caminho que os sedimentos do Amazonas percorrem depois que são despejados no Atlântico. Já há registros mostrando que existe sedimento do rio a mais de 200km da costa. Esse material também é distribuído em todas as direções e fornece a base para os manguezais do Pará, do Amapá e do Maranhão. Um outro estudo revelou que há detritos do rio que se acumulam até na costa das Guianas e de Suriname.
->Imagem de satélite da Ilha de Marajó (Embrapa)