Terceiro satélite da série, o Cbers-2B está sendo montado, integrado e testado nas instalações do Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos.

Entre novembro e janeiro foram realizados os testes elétricos e agora está sendo concluída a montagem mecânica e elétrica do satélite, que é composto basicamente de dois módulos; um de carga útil, que carrega as câmeras de imageamento, e o outro de serviço, com todos os sistemas necessários para o seu funcionamento.

A partir de hoje o satélite vai para a câmara anecóica para os testes de interferência eletromagnética, que serão seguidos por testes de medidas de massa, testes de vazamento para verificação do sistema propulsor e testes de vibração e acústicos.

Condições ambientais

É preciso simular todas as condições que o satélite irá enfrentar desde o seu lançamento até o fim de sua vida útil no espaço. Estes testes ambientais são imprescindíveis, pois na ocorrência de alguma falha não é possível fazer a manutenção do equipamento em órbita. Do LIT/Inpe, o satélite será transportado diretamente para a base de lançamentos na China.

Cbers-2B

O Cbers-2B é quase uma réplica do Cbers-2, que está em órbita e gerando imagens desde outubro de 2003. O Cbers-2B terá três câmeras a bordo: CCD, WFI e HRC. As duas primeiras são câmeras que já voam no Cbers-2, enquanto a HRC é uma câmera pancromática de alta resolução (2,5 m) que substitui a câmera IRMSS (Infrared Multispectral Scanner).

O novo satélite será lançado em 2007 de uma base chinesa. A data será definida durante uma reunião técnica entre brasileiros e chineses, marcada para março, no Inpe. Seu objetivo é garantir que o fornecimento de imagens iniciado em 1999 com o Cbers-1 não seja interrompido.

A vida útil projetada dos satélites Cbers 1, 2 e 2B é de dois anos e a dos satélites 3 e 4 é de três anos. O Cbers-1 operou com sucesso até agosto de 2003, além de sua vida útil, êxito que está se repetindo com o Cbers-2.

Com informações do Inpe