A Autodesk promoveu entre 11 e 13 de fevereiro o primeiro World Press Day, um evento que reuniu cerca de 200 representantes da imprensa especializada em tecnologia em San Francisco, Califórnia.

Durante dois dias foram mostradas com exclusividade para jornalistas as novidades que a empresa está preparando para sua nova linha de softwares, que será lançada em 2008.

Além da apresentação do CEO, Carl Bass, os vice-presidentes de cada divisão
apresentaram os projetos de desenvolvimento e melhoria em que suas equipes estão trabalhando.

Os softwares da Autodesk,  especialmente a linha CAD, são responsáveis pelas cifras astronômicas que a empresa registra no fim de cada ano fiscal. “Levamos 20 anos para chegar a 1 bilhão de dólares de faturamento”, contou Bass, “nos últimos 4 anos, no entanto, adicionamos 1 bilhão por ano, quadruplicamos o lucro e duplicamos o tamanho da empresa”.

A filosofia da empresa, auto-denominada global por ter mais funcionários fora dos Estados Unidos do que no país-sede, continua sendo de inovação de design e união entre poder e simplicidade. Bass crê que a tecnologia deve ser usada como um agente facilitador. “Enxergar um projeto antes de colocá-lo em prática é essencial. Ver é acreditar”.


-> Carl Bass abriu o World Press Day no Zeum Theater, em San Francisco
Foto: Yamila Aguilar

Engineering GIS

Amar Hanspal, vice-presidente da divisão geoespacial, disse que o principal objetivo de sua área é tratar o GIS com olhos de engenheiro, focando em um novo modus operandi sugestivamente batizado de engineering GIS. “O advento é feito para mercados específicos pois queremos facilitar as coisas, ou seja, nossa idéia é que os usuários trabalhem utilizando apenas um sistema”, contou.

A Autodesk está particularmente concentrada em geo pois, depois da explosão do Google Earth em 2005,  a seção é uma das que mais crescem na empresa. “Hoje todo mundo acessa o Google Maps e o Mapquest”, afirmou o executivo, citando o serviço de localização mais popular dos Estados Unidos.

Hanspal não quer que nenhum cliente gaste mais de 7 mil dólares em um projeto. Como? “Através da nossa plataforma líder de mercado; integrando CAD e GIS, ou seja, engenharia e mapeamento; e utilizando fontes abertas, algo com que somos absolutamente comprometidos”, explicou, com a promessa de que o AutoCAD Map 2008 será mais acessível a empresas de médio porte. “Queremos disponibilizar uma tecnologia que não mude a maneira como a pessoa trabalha, principalmente através de soluções interoperáveis”.

MapGuide Open Source

Don Weigel, diretor de desenvolvimento de produtos, contou com exclusividade ao portal MundoGEO que a MapGuide Open Source superou todas as expectativas desde sua criação em novembro de 2005: foram 23.000 downloads nos 8 primeiros meses. 

Sobre a questão da interoperabilidade, Weigel endossou a idéia de Hanspal. “No centro do universo estão os dados. Não queremos transformar o mundo em nosso formato, queremos valorizar as informações que o usuário já possui e trabalhar com todos os tipos e formatos de dados como nativos”. Segundo ele, com a versão 2008 do AutoCAD Map 3D isso será possível.

Os principais clientes da divisão geoespacial da Autodesk são as indústrias de telecomunicações, energia, água e esgoto, óleo e gás, governo e engenharia de construção.

A jornalista Andrea Greca participou do evento a convite da Autodesk.