A linguagem Lua, criada na PUC-Rio em 93, está prestes a entrar para a história da computação mundial. No próximo dia 9 de junho, em San Diego, na Califórnia, o arquiteto-chefe da linguagem, Roberto Ierusalimschy, vai apresentar uma palestra sobre a evolução da Lua na HOPL III, a terceira conferência sobre a história das linguagens de programação.
A primeira History of Programming Languages Conference (HOPL) aconteceu em 1978 e a segunda em 1993. O encontro, que acontece a cada 15 anos, apresenta poucas linguagens em suas edições, e a Lua estará entre as eleitas.
A Lua tem 90% de seus usuários no exterior e atualmente está entre as 25 mais populares na internet, segundo o índice Tiobe. A Lua é um software livre, de código aberto e com distribuição gratuita.
Games
A linguagem de programação Lua é largamente utilizada no mundo todo e está presente em vários tipos de aplicações industriais, nas áreas de robótica, logística, bioinformática, programação web, processamento de imagem, editores de texto, dentre outras.
Embora não tenha sido desenvolvida com este objetivo, a linguagem Lua é uma das mais utilizadas em jogos. Vários jogos famosos usam Lua, como The Sims, World of Warcraft e Multi Theft Auto.
Inpe
No Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) a linguagem Lua dá suporte aos estudos de modelagem ambiental, como as projeções da evolução do desmatamento na Amazônia. A linguagem está no TerraME, ambiente computacional desenvolvido no Inpe para modelar aspectos temporais e espaciais da área de estudo, combinando múltiplas escalas, atores e eventos.
“A Lua tem características ideais para o TerraME, nosso ambiente de modelagem para projeção de cenários para políticas públicas e ordenamento territorial”, enfatiza Gilberto Câmara, diretor do Inpe. Ele afirma que “Lua é muito flexível, e permitiu uma rápida adaptação para ser usada no ambiente de modelagem de uso da terra do Inpe. Considero que seja a maior contribuição da computação brasileira para o mundo.”
+Informações
www.lua.org
www.acm.org/sigs/sigplan/hopl
www.inpe.br
Com informações do Inpe