Cerca de 180 pesquisadores estiveram presentes no Instituto de Botânica, em São Paulo, para participar de um workshop com a proposta de traçar um mapa que indique as áreas prioritárias para ações de conservação e de restauração da biodiversidade em território paulista. O encontro aconteceu na última sexta-feira, 14 de setembro.

A pressão ambiental, ligada à escalada dos biocombustíveis no país, aumenta ainda mais a importância do mapa integral de áreas prioritárias, que será finalizado em outubro. Em muitos casos a aprovação de novas usinas estará vinculada ao estabelecimento de verbas de compensações. O mapa dará base científica para definir áreas a serem usadas em unidades de conservação ou de restauração.

Se uma nova usina for criada em uma região com muitos fragmentos de florestas, será possível propor que aqueles fragmentos sejam protegidos e interligados com corredores ecológicos, com recuperação das matas ciliares ou da reserva legal.

Áreas para manejo florestal

A reserva legal é um mecanismo da legislação brasileira que determina a destinação de 20% das propriedades particulares para atividades de produção menos impactantes. Embora exijam espécies nativas e não seja permitido o corte raso, essas áreas permitem criação de áreas de manejo florestal.

Os dados analisados tematicamente pelos pesquisadores serão sintetizados em um mapa único durante mais duas reuniões, marcadas para 10 e 11 de outubro.

Fonte: Agência Fapesp